2015-2016 : O ANO DO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DA POETISA CELINA DE HOLANDA

Capa do CD, com poemas selecionados e gravados 

por 19 mulheres pernambucanas, a ser lançado,

 em breve, em homenagem ao Centenário

 de Nascimento da Poetisa Celina de Holanda  

Neste ano do Centenário de Nascimento da Poetisa Celina de Holanda (19/06/2015 a 19/06/2016) foram registradas algumas homenagens em Pernambuco, sobretudo de familiares, amigos e parte da Imprensa local.  

No Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife, PE), cidade natal da poetisa, há um concurso de poesia, lançado neste ano, para estudantes cabenses;   e a Secretaria de Cultura, junto com a Secretaria de Educação do município, em parceria com a Panamerica Nordestal Editora, do Recife, planejam, para o segundo semestre deste ano,  lançamentos do CD CELINA DE HOLANDA E AS MULHERES DA TERRA, com poemas selecionados da sua obra  e recitados por 19 mulheres pernambucanas. Serão realizados dois lançamentos - no Cabo de Santo Agostinho e no Recife - com recitais que contarão com a presença de várias mulheres que participam do CD da poetisa homenageada. 

E a Companhia Editora de Pernambuco - CEPE, da Secretaria da Casa Civil / Governo do Estado de Pernambuco, por iniciativa do presidente Ricardo Leitão, prepara a segunda edição do seu livro AS VIAGENS GERAIS, organizado por Jaci Bezerra em sua primeira edição (Fundarpe / CEPE, Recife, PE, 1995), a ser lançado, em outubro, na FENELIVRO - Feira Nordestina do Livro (Centro de Convenções, Olinda, PE).  - Texto de Juareiz Correya 

AMERICANTO AMAR AMÉRICA : Opinião de Potiguar Matos

     "Faz muito tempo desisti de compreender o Brasil. Rio-me, às vezes, de velhas certezas infantis. Não me perguntem se é progresso ou demência progressiva. Tenho deixado os teóricos de lado e me entregue à tentação de ler respostas na festa de angústias das novas gerações.  

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     Penso essas coisas andando a estrada tormentosa dos versos de Juareiz Correya  : Amanhece. / Mas eu sinto que não amanheço.

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     O poeta tenta erguer um canto pagão, desmistifica palavras, mergulha-as em banho de lama e sacode na cara de um universo corrupto, que despreza e provoca.  Não lhe interessa o amplo coração de Maiakovski, é, apenas, e totalmente sexo, como se acutilasse o sonho de gerar uma humanidade nova, onde a América, por exemplo, não fosse posse de um homem velho como Reagan... 

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     Não tenho lido mais os teóricos, com sua sabedoria e o seu jogo de astúcias inteligentes. Ando pelas ruas e sinto a gestação de palavras novas, novas e balbuciantes respostas.  Poetas jovens surgem da noite, carregam a madrugada em seus versos.  No desespero e ceticismo há coisas esplêndidas germinando :  Me faço poeta, astronauta / para jogar sobre os continentes meu sorriso de luta." 

(DIARIO DE PERNAMBUCO, Recife, 1982) 

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Transcrito do livro AMERICANTO AMAR AMÉRICA 

E OUTROS POEMAS DO SÉCULO 20

- de Juareiz Correya 

(Panamerica Nordestal Editora, Recife, PE, 2010) 

CELINA DE HOLANDA E AS MULHERES DA TERRA : CD será lançado no Cabo e no Recife

Casa-Grande do Engenho Pantôrra 

(Cabo de Santo Agostinho, PE, 1924) 

A poetisa centenária Celina de Holanda (Cabo de Santo Agostinho, PE, 1915) nasceu e cresceu nos engenhos cabenses Ypiranga e Pantôrra.  A este, dedicou o livro de poesia PANTÔRRA O ENGENHO, publicado no Recife em 1990 (Governo do Estado de Pernambuco/ Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes / FUNDARPE / Companhia Editora de Pernambuco - CEPE). 

A Panamerica Nordestal e Produções Culturais, em parceria com as Secretarias de Educação e de Cultura da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, PE, lançará, em breve, na cidade natal da poetisa e no Recife, o CD CELINA DE HOLANDA E AS MULHERES DA TERRA, com poemas selecionados da sua obra e recitados por 19 mulheres pernambucanas identificadas, na vida e na arte, com a poetisa homenageada.