quinta-feira, 9 de novembro de 2023

PANAMERICA LIVRARIA - Loja prestigia literatura e arte pernambucana na Internet

 




PANAMERICA LIVRARIA 

(Painel da loja em atividade na segunda quinzena 

deste mês de novembro / 2023)


DESTAQUES E PROMOÇOES

Ebooks publicados : "Desenvolvimento e Subdesenvolvimento" (Estudos), de Walber de Moura Agra e Francisco de Queiroz B. Cavalcanti; "Poesia Reunida de Maria de Lourdes Hortas" (Antologia luso-brasileira);  "Arraes na Boca do Povo", organização de Juareiz Correya  (Antologia de poesia popular). 

Livros impressos: "O Feitor de Enigmas" (Poesia), de Natanael de Lima Jr; "Raízes da Terra" (Poesia), de Maria do Socorro Barros y Duran; "Americanto Amar América e Outros Poemas do Século 20" (Poesia), de Juareiz Correya. 

Arte : "Fotografias", de Alex Guterres. 


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Aguarde e acesse em breve: 

PANAMERICA LIVRARIA - 

WWW.PANAMERICALIVRARIA.NET




  

domingo, 9 de abril de 2023

Júlia Lemos, jornalista e escritora : Opinião sobre "Pequenas Histórias de Atlântica"

 






Júlia Lemos, jornalista e escritora 
(Recife - PE ) e a capa do ebook 
"Pequenas Histórias de Atlântica"  




COM A PALAVRA, PALMARES    


O narrador-personagem do livro "Pequenas Histórias de Atlântica", do escritor Juareiz Correya, conduz-nos por caminhos que podíamos julgar esquecidos.  O fio pelo qual as narrativas são conduzidas se inicia pelo ancestral mais antigo, o personagem José Genésio, evocado no conto de abertura e marcando a temática dos laços de família. 

Este "Pequenas Histórias" é o terceiro livro de uma tetralogia constituído no gênero das memórias. Conta as vivências de Aníbal, espécie de alter ego do autor, na cidade de Atlântica, nome como foi rebatizada a cidade de  Palmares, uma das mais importantes importantes da Mata Sul, que se destaca no cenário intelectual e artístico de Pernambuco por nomes tão ilustres como os de Hermilo Borba Filho e o de Ascenso Ferreira.  Com Anibal vamos conhecendo personagens que atuaram em décadas recentes, e por eles reconhecemos costumes e valores que resistem vivos, porém menos intensos, mas tão típicos de nossas cidades do interior.  

As refeições reunindo a família em volta da mesa, a vizinhança, o compadrio, a turma de amigos inseparáveis evocam-nos uma vida mais simples e espontânea de antes da era digital, através dos laços que se solidificavam numa interação exercida para além dos circulos estritamente familiares. 

As pessoas tinham sua identidade reconhecida no âmbito da coletividade onde a vida era partilhada com simplicidade. Assim,  somos apresentados aos personagens que nos aparecem nas narrativas, em sua maioria curtas e como que conduzidos pela câmera do personagem que é o reporter Givanilton Mendes. Ele então nos apresenta a mulher que era a mais bela e por um infortúnio passou a ser a mais feia da cidade, o menino que, levado pelo seu ímpeto aventureiro e mais uma vez ultrapassando seus limites, acabou sendo tragado pelas águas do Rio Una. Conhecemos também um destemido delegado de polícia que fez justiça no seio de sua própria família. A história do personagem Anibal pode ser a do nosso autor que, ainda muito jovem,  e já reconhecendo sua responsabilidade, montou um promissor negócio de venda de gibis na calçada do Cinema Apolo. 

É bom escrever histórias, elas podem ser sempre reeditadas.  Sabemos que a arte mimetiza a vida que, muitas vezes nos surpreende, com uma guinada no sentido positivo. Desse modo ela pode ser reinventada.  De fato, identificamos no conjunto das histórias concebidas pelo autor o subtema das ambivalências da vida também ditadas por questões da sorte ou do azar mudando destinos e isto acontece.  No contexto, inferimos que estas possibilidades são interrompidas quando a morte se mete no meio, como no caso do personagem Marciano Lírio.  Sua vida foi muito tristemente interrompida e a causa permaneceu inconclusiva - o que de fato aconteceu, é a pergunta que fica no ar... A ideia de suicídio parece implausível.   

Na casa de Mestre Biu e sua família, o que nos diz o conto "A sorte existe" é que um bilhete premiado que estava para virar lixo nas mãos das criançss, trouxe-lhes, repentinamente, o dinheiro necessário para uma vida mais próspera; já um homem que só falava no registro negativo, foi surpreendido,  em meio à sua miséria de vida, pelo reencontro de uma antiga namorada que, viúva e rica, trouxe-o para uma vida regalada. 

Enquanto o personagem Givanilton se aperfeiçoa na profissão apoiando-se na evolução dos recursos tecnológicos, Aníbal nos relata seu drama pessoal por ser preso com os colegas, no Recife. Lúcido, ele  se desprende das cadeias da repressão política e ganha novamente o mundo, porque seu amor pela cultura e sua crença na liberdade estavam no seu DNA; o menino de Seu Biu veio ao mundo com o destino de ser grande. 

A linguagem neste livro é coloquial e concisa, como traços que distinguem a produção literaria de Juareiz Correya. Evoca-nos ainda a prática da contação de histórias, quando o passado era revisitado em serões enluarados, sendo este, talvez, o componente lírico mais flagrante do livro do nosso autor palmarense. 

Através dele também reavivo minhas memórias no reencontro da Palmares/Atlântica. Ainda menina eu era levada pelas mãos de meu pai até lá, voltando do Recife rumo a Caruaru, onde morávamos. Ele entrava na cidade para rever amigos, e nos lembrava o fato de estarmos na terra do poeta Ascenso Ferreira, um de seus preferidos.  Nessa ocasião, recitava de improviso trechos de seus poemas mais conhecidos. Minha alegria terna e solidária ao ler estas pequenas, mas muito encantadoras histórias contadas por Aníbal / Juareiz Correya.   



JÚLIA LEMOS  
(Recife - PE, março 2023)

                                               


domingo, 19 de junho de 2022

LANÇAMENTOS EM JULHO 2022 : "Pequenas Histórias de Atlântica" (contos) e "A Verdade Vencerá" (antologia de poesia popular)

 




Logomarca da Panamerica Nordestal Editora 



A Panamerica Nordestal Editora (Recife - PE) promoverá, na loja digital Ebooks Panamerica - acesse www.ebookspanamerica.net.br -, o lançamento de dois novos ebooks pernambucanos: 

- PEQUENAS HISTÓRIAS DE ATLÂNTICA (contos), de Juareiz Correya / 1a. quinzena 

- A VERDADE VENCERÁ (Volta Lula ao Palácio  do Planalto / Pelas mãos da Democracia Brasileira) / Antologia de poesia popular / 2a. quinzena  



quarta-feira, 15 de junho de 2022

Panamerica Nordestal Editora, do Recife (PE), lançará a Revista HISTÓRIAS BRASILEIRAS

 

     Dedicada exclusivamente à publicação de escritores de ficção dos Estados do Brasil, será lançada a Revista HISTÓRIAS BRASILEIRAS,  no  Recife (PE), pela Panamerica Nordestal Editora,  na livraria digital Ebooks Panamerica (www.ebookspanamerica.net.br), no último trimestre deste ano de 2022. Contistas, novelistas e romancistas já publicados, e também inéditos, terão destaque nas páginas da Revista, que circulará em edições trimestrais. 

     O primeiro número da Revista HISTÓRIAS BRASILEIRAS  publicará autores da Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, uma seção especial de "Inéditos" e uma homenagem ao Centenário do Modernismo Brasileiro (1922-2022), com a ficção de Mário de Andrade e de Antonio de Alcântara Machado.  

     Os ficcionistas brasileiros interessados devem enviar os seus textos, publicados ou inéditos, para este email da editora : ebookspanamerica@gmail.com 



     

domingo, 5 de junho de 2022

PEQUENAS HISTÓRIAS DE ATLÂNTICA : "O Estado é Terrorista" , de Juareiz Correya

 



Página inicial do conto 

O ESTADO É TERRORISTA, 

do ebook "Pequenas Histórias de Atlântica"  


O ESTADO É TERRORISTA

                                                Para o escritor Luiz Arraes, autor do livro

                                                                 "Tempo - o de dentro e o de fora", 

                                                              que desencadeou estas lembranças. 


Véspera da festa do  dia 8 de dezembro na cidade. 

Aníbal  havia deixado a companheira na casa do Alto do Lenhador, onde moravam, com o filho já dormindo, após um breve passeio pelo  centro de Atlântica. O pequeno José Terra tinha um pouco mais de um ano de idade. Solange estava grávida de sete meses do segundo filho que já tinha nome escolhido : João Guarani. Aníbal chegou às 10 horas da noite à casa dos pais na Praça da Luz, onde esperaria Jamilton, seu irmão, e Jerônimo, um cunhado, para concluírem a montagem da revista do aniversário do Lions Clube presidido pelo amigo Paulo Rogério.  

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O livro digital PEQUENAS HISTÓRIAS DE ATLÂNTICA 

(contos), de Juareiz Correya,  será lançado em breve 

na Ebooks Panamerica  - www.ebookspanamerica.net.br  

                                                           

sábado, 23 de abril de 2022

70 SETEMBROS : Opiniões, sobre o autor, de Paulo Azevedo Chaves, Geneton Moraes Neto e Hermilo Borba Filho

 



70 SETEMBROS - Opiniões, sobre o autor, 

de Paulo Azevedo Chaves, Geneton Moraes Neto 

e Hermilo Borba Filho 




"Foi difícil escolher um poema, ou trecho de um, do livro AMERICANTO... Não porque a escassez de bom material poético tornasse difícil a escolha. Muito pelo contrário: o livro é pequeno, os poemas são poucos, mas a escolha é múltipla." 

(PAULO AZEVEDO CHAVES  - Coluna "Poliedro" / Diario de Pernambuco, Recife, 1975) 


"(...) Transplantando e adaptando o que aconteceu na Inglaterra, naquela época (anos 50), para o Nordeste brasileiro e para a década de 70, creio que poderíamos ver em Juareiz Correya (ou será um dos?) chefe de fila dos jovens irados da nossa poesia.  E se não houver, se não surgirem em nosso  Nordeste outros poetas irados, furiosos contra os formalismos, tabus e injustiças do  nosso tempo, se o rebuscamento formal continuar sendo a tônica da jovem poesia da nossa região, tanto mais meritório será o trabalho de Juareiz Correya." 

(PAULO AZEVEDO CHAVES  - Coluna "Poliedro" / Caderno  Viver  / Diario de Pernambuco - Recife, 14 de dezembro 1975) 


"AMERICANTO é na verdade uma significativa declaração de amor a essa América de todos os campos, gritos, silêncios, sossegos e agonias. Vale a pena ler o trabalho desse jovem poeta, dono de uma linguagem forte e cortante." 

(GENETON MORAES NETO - "Ensaio Geral" / Diario de Pernambuco, Recife, 1975) 


"O poeta é um  ser que vive permanentemente em estado de sofrimento por si mesmo e pelo mundo que o rodeia(...) 

Juareiz Correya é um desses seres e este seu pequeno livro de agora diz fotograficamente, com muita precisão, o que está acontecendo com ele: o poeta está triste e pessimista. Nenhuma esperança em  suas palavras (...) 

Este poeta pessimista é um jovem de quem os jovens (e também os velhos como  eu) muito esperam  no colorido campo  da esperança: resta  que ele saia do pesadelo." 

(HERMILO BORBA FILHO - Jornal da Cidade, Recife - PE, 1975) 

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Página (187) do ebook "70 SETEMBROS 

- Antologia poética de Juareiz Correya".

Acesse na livraria digital Ebooks Panamerica  

- www.ebookspanamerica.net.br